Por Alexandre Ribeiro
DE: ZENIT.org
BELO HORIZONTE, sexta-feira, 16 de julho de 2010
As eleições de outubro no Brasil são oportunidade para se livrar de coronelismos, avançando no crescimento da consciência social e política, que deve alavancar a cidadania de todos.
É o que afirma o arcebispo de Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil), Dom Walmor Oliveira de Azevedo, em artigo enviado a ZENIT hoje.
Segundo o arcebispo, existem ainda no Brasil “resquícios de dinâmicas, práticas e hábitos que continuam sendo heranças de espúrio coronelismo e de ultrapassados caudilhos que tentam se perpetuar”.
“As figuras representativas deste modus operandi na sociedade e nas instituições, sejam elas de que tipo for, vão caindo num ridículo que produz o seu ostracismo pouco a pouco.”
Contudo – prossegue Dom Walmor –, “há a tendência de se incorrer no mesmo risco e equívoco do povo de Deus saindo do Egito, conduzido pela lucidez de Moisés, que abre horizontes e aponta caminhos e possibilidades a serem conquistados”.
“Mas o povo reclama, confessa o desejo de voltar a servir o faraó, fazendo referências às panelas de carnes e às cebolas, embora comidas na condição de escravo. Existe uma preferência pela condição escravocrata àquela da liberdade, embora pagando um preço.”
Para o arcebispo, os faraós “se multiplicam com suas artimanhas aproveitando-se dos fracos na sua saudade de um passado que não volta mais, especialmente na dinâmica da sociedade contemporânea”.
“Aproveita-se de uma necessidade de incentivo e de benesses que revelam a pequenez na penúria dos dependentes e na tirania de antigos caudilhos e coronéis. Estes vivem do passado. É hora de apostar, como Moisés, em um horizonte novo”, afirma o prelado.
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